terça-feira, 13 de maio de 2008

Cimo da Plataforma

E do cimo desta plataforma percebo que não.
Nem a uma ou a outra,
não esqueci ninguém.
Tenho multidão de faltas.
E quando o vento arde miúdo e o tempo nem noite ou dia,
a calçada um assento... Conflito,
vago por estas que não acabam.
Finda enquanto hoje,
mas memora
ganha flora, cheiro e gosto
co’formato que tivera
presenteio o que fora.
Um quase todo opera
venosa, escorrida
minha porção sincera,
repõe-me ferida
bruma, hera
na carne desprendida.
Sem coragem a matéria
não confessa o que tateia,
mesmo quando antigo
sabes sempre vivo
pois o tempo incomprido
curva e o rabo toca
cumpre o amor como destino
um refluxo
um céu
hiato
oco
E aqui
todo de novo
do tamanho de outrora.

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