terça-feira, 13 de maio de 2008

O teatro meu vizinho

Quem dera ter um Teatro na comunidade,
No quintal do Bastião,
Já pensou um festejo ajustado,
junto dessa região
Trem, perua, busão lotado,
mais que duas conduções,
desse jeito não dá gosto,
vou ficar e ver o Faustão.
Um barulho aí do lado,
No campinho do morrão?
Eita troço agitado,
hoje tem encenação.
O menino do Elias
Quis fazer um Hamlet,
Isso é coisa do teatro
Que o ensina e me diverte.
Meu vizinho inventou de ser artista,
Quis lembrar dos velhos tempos
do teatro de revista.
Será que isso tudo pode
ou é coisa irrealista?
Ter teatro de verdade
aqui perto da minha vista.
É, quem dera um teatro
sem metrô e lotação
duas horas, peça em um ato e
mais seis de condução,
Podia ser aqui do lado
No quintal do Bastião.

3 comentários:

Ana Souto disse...

Tão bonita a sua verve, Luciano. Acho que nos esbarramos nos tempos do Arte Contra a Barbárie. A barbárie continua mas a arte também, longa vida ao seu teclado.
abço fraterno . ana souto.

Anônimo disse...

Há no mundo maior inseto que a saudade? Que bate as asas em volta do seu ouvido e zumbi a noite toda em sua cabeça? Há inseto mais petulante que saudade? Que sobe por suas pernas fazendo cocegas até que você seja obrigado a levantar? Essa madrugada esse inseto invadiu meu quarto. Veio "De passagem", atraído por uma imagem antiga.
E foi esse inseto maldito que me fez procurar infinito teu nome com todas as tecnologias que podem haver.
Oito anos depois, estou eu aqui. A procura da pessoa que me inspirou a ser quem sou. Bom saber que continua o mesmo. Um grande abraço.

[tabita] disse...

[uau, hein!!]

e que tal um teatro desses aqui em são mateus? aqui em casa tem um quintal, qquer coisa... hehe.