terça-feira, 13 de maio de 2008

Minotauro

Visto daí de fora sou tão comportado
A pele cerca o que quase não calo
Um lodo quente em tons metais
os gritos de veias alargadas por tremor irado,
Reparo vocês, a cultura, o barulho que fazem,
a delícia entre as pernas daquela alí, acompanhada.
Mais pra cá me perturbo, olho severo os pensamentos, crítico para comigo, faminto espiral de calcário em meu umbigo,
Escarro, xingamento, vergonha e gozo tapados com outra camada
Aí fora tá normal,
visto roupa, palavreio,
rio pouco, coisa e tal,
No miolo fica feio,
Analiso com receio
esse monstro assustado
em mim mesmo, minotauro.


25/12/2003

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